quarta-feira, 20 de julho de 2011

Francisco Leitão (Rei Ghob) acusado por quatro homicídios

«A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa anunciou, na tarde desta quarta-feira, que foi deduzida acusação contra Francisco Leitão, de 42 anos, por quatro crimes de homicídio, três deles qualificados, e quatro de ocultação de cadáver.

- Francisco Leitão acompanhado por inspectores da PJ durante buscas na casa do suspeito -


O arguido, da zona de Torres Vedras e conhecido por "Rei Ghob", é ainda acusado de um crime de falsificação de documentos e outro de detenção de armas proibidas. Continua em prisão preventiva.

Os factos até agora conhecidos, do inquérito do Ministério Público de Torres Vedras, incidiam sobre o desaparecimento de Joana Correia, de 16 anos, Tânia Ramos, 27, e Ivo Delgado, 24.

No entanto, a investigação terá reunido provas de que Francisco Leitão matou, além daquelas três pessoas, um quarto indivíduo. Mas a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa nada esclarece sobre esta vítima, omitindo também se lhe corresponde um homicídio simples, ou qualificado.

Fonte da PJ referiu ao JN que a investigação levantara indícios de que Francisco Leitão, 42 anos, seria o responsável pelo desaparecimento de um idoso e de outro jovem.

O idoso desaparecido, em 1995, era conhecido por "Pisa Lagartos" e relacionava-se com Francisco Leitão. O outro jovem seria um dos muitos adolescentes que frequentavam a casa do arguido, a insólita habitação da aldeia de Carqueja (Torres Vedras) a que o arguido deu a aparência de castelo.

Em declarações à Lusa, o advogado do arguido, Fernando Carvalhal, alegou que ele e o seu cliente desconheciam a investigação de "outras mortes", além das de Joana Correia, Tânia Ramos e Ivo Delgado.

O Ministério Público avançou com a acusação por quatro homicídios, apesar de a Polícia Judiciária não ter conseguido encontrar os corpos das vítimas. É a repetição do sucedido no "caso Joana", no Algarve, em que o corpo da menina não foi encontrado, mas a mãe e um tio dela foram acusados por homicídio e, mais tarde, condenados a penas de 16 anos e oito meses de prisão.

No caso de Torres Vedras, as provas recolhidas também são tidas como suficientes para fundamentar a acusação. A PJ apurou, nomeadamente, que Francisco Leitão, após o desaparecimento dos jovens, usou os seus telemóveis para enviar mensagens às respectivas famílias e convencê-las de que eles estavam no estrangeiro.»


in JN online, 20-7-2011


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