sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Extrema direita: sentença de Mário Machado adiada para 17 de Agosto

«Mário Machado, dirigente da Frente Nacional e líder dos Hammerskins, e mais sete arguidos, iam conhecer hoje sentença, mas a leitura do acórdão foi adiada para dia 17 de agosto.


O Tribunal de Loures adiou hoje a leitura do acórdão do julgamento que envolve Mário Machado , dirigente da Frente Nacional, e mais sete arguidos, acusados dos crimes de associação criminosa, sequestro, roubo, coação, posse ilegal de armas de fogo e ofensas à integridade física.A leitura do acórdão - agora marcada para o dia 17 de agosto, às 14h00 - foi adiada porque a defesa apresentou requerimento para análise do despacho da juíza Susana Fontinha de alteração substancial da qualificação jurídica dos factos.

É a segunda vez que a 1.ª Vara Mista do Tribunal de Loures neste julgamento adia a sentença, que esteve inicialmente marcada para 30 de junho, depois foi adiada para hoje, conhecendo agora nova data.Nas alegações finais, a procuradora pediu a absolvição da prática de associação criminosa imputada aos arguidos, mas considerou terem sido provados os factos relacionados com os crimes de sequestro, roubo, coação, posse ilegal de armas de fogo e ofensas corporais.

Por isso, a magistrada pediu a condenação dos arguidos, entre os quais Mário Machado, líder dos Hammerskins Portugal, movimento conotado com a extrema-direita.

Líder do grupo

A defesa sublinhou que os depoimentos no tribunal não foram suficientes para sustentar a acusação, segundo a qual Mário Machado era o alegado líder de um grupo que atraía vítimas para locais pré-estabelecidos, com o pretexto de lhes vender droga.Os homens eram alegadamente vítimas de agressões, após as quais lhes eram roubados os automóveis e as importâncias que tinham reunido para adquirir estupefacientes.

Dos oito arguidos, Mário Machado, Rui Dias e Fernando Massas continuam detidos preventivamente.Os arguidos João Cerejeira e Bruno Ramos aguardam em liberdade provisória a leitura da sentença, depois de lhes terem sido levantadas as medidas de coação de prisão preventiva que o tribunal impôs.»

in Expresso online, 06-8-2010

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